Michel Temer diz que segue na Presidência e que pedirá suspensão de inquérito
O presidente da República Michel Temer, em coletiva de imprensa no
Palácio do Planalto, em Brasília (DF), na tarde deste sábado (20), disse
que seguirá à frente do governo e que pedirá suspensão de inquérito
contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF). Comente no fim da matéria.
O presidente afirmou que entrará com uma petição no STF para
suspender o inquérito proposto até que seja verificada em definitivo a
autenticidade de gravação feita pelo empresário Joesley Batista, do
grupo JBS, a qual considerou ser clandestina e que, segundo ele, passou
por mais de 50 edições.
“O autor do grampo está livre e solto, passeando pelas ruas de Nova
Iorque. O Brasil vive agora dias de incerteza. Ele não passou nenhum dia
na cadeia, não foi punido e, pelo visto, não será. Graças a essa
gravação fraudulenta, especulou a moeda nacional. Antes de entregar a
gravação, comprou US$ 1 bilhão porque sabia que isso causaria um caos no
câmbio. Prejudicou o Brasil, enganou os brasileiros e agora mora nos
EUA”, contou temer, referindo-se a Joesley.
O presidente apontou supostas incoerências entre o áudio divulgado e o
teor do depoimento do empresário delator, o que, conforme declarou na
coletiva, compromete a lisura do processo.
Ao considerar que o áudio demonstra que Joesley Batista, a quem
chamou de “falastrão exagerado”, estava insatisfeito com o governo,
Michel Temer disse:
“Estamos acabando com os velhos tempos das facilidades, dos
oportunistas. Há quem queira me tirar do poder para voltar a fazer tudo
com o dinheiro público. Nada fiz para que ele obtivesse benesses do
governo. Há muitas mentiras espalhadas. Não obstruí a Justiça porque não
fiz nada contra a ação do Judiciário. Houve falso testemunho. Atentam
contra o meu vocabulário e contra minha inteligência.”
Na conclusão do pronunciamento, Temer demonstrou que acredita no fim deste período de crise:
“O Brasil exige que se continue no caminho da recuperação econômica.
Meu governo tem rumo. O Brasil não sairá dos trilhos. Eu continuarei à
frente do governo”, concluiu.